Gestão de resíduos sólidos na construção civil com base nos conceitos da Indústria 4.0

  • Vinicius Augusto Castelo Branco Mateus FARO
  • Armando Araújo de Souza Júnior UFAM

Resumo

Verifica-se a legislação mais rígida no que se refere ao meio ambiente – tendência mundial que visa minimizar ao máximo a sua degradação e a preservação de uma vida mais saudável. Porém não é suficiente para atender a necessidade de diminuição de geração de resíduos e aumento de reciclagem se não vier acompanhado por  uma gestão de resíduos sólidos eficiente por parte dos geradores. O objetivo geral deste artigo é apresentar uma proposta de gestão de resíduos sólidos na construção civil com base nos conceitos da Indústria 4.0. Essa proposta foi pensada num método na qual a plataforma de Modelagem da Informação da Construção (BIM) é combinada com um modelo de estimativa capaz de quantificar os resíduos gerados no canteiro de obra na fase de projetos, possibilitando assim, um melhor planejamento da gestão dos resíduos antes de iniciar a execução da obra. Por ser um modelo teórico, sua limitação é quantificar assertivamente o Nível de Desperdício em cada etapa da obra. Essa precisão de estimativa de desperdício pode ser aprimorada aumentando os níveis da estrutura EAP, ou seja melhorando o detalhamento de cada atividade, ou incorporando o conhecimento das construtoras e buscando dados históricos. Essa experiência e o conhecimento de projetos similares podem efetivamente ajudar a determinar os níveis adequados de desperdício, possibilitando a identificação de melhorias para gerenciar os fluxos de resíduos mais significativos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, 2010.

CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução n° 307: diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Brasília, DF. 2002.

DAHLBO, Helena e colab. Construction and demolition waste management - A holistic evaluation of environmental performance. Journal of Cleaner Production, v. 107, p. 333–341, 2015.

EUROPEAN COMMISSION. Protocolo de Gestão de Resíduos de Construção e Demolição da UE. p. 59, 2016.

FOX, Roberto W. e colab. Introduction to Fluid mechanics. Editora LTC, 8 ed., 2016.

GABRIEL, Magdalena e PESSL, Ernst. Industry 4.0 and sustainability impacts: critical discussion of sustainability aspects with a special focus on future of work and ecological consequences. Annals of the Faculty of Engineering Hunedoara - International Journal of Engineering . May2016, Vol. 14 Issue 2, p131-136. 6p.

HENNING, KAGERMANN(NATIONAL ACADEMY OF SCIENCE AND ENGINEERING). WOLFGANG, WAHLSTER (GERMAN RESEARCH CENTER FOR ARTIFICIAL INTELLIGENCE). JOHANNES, Helbig (Deutsche Post Ag). Recommendations for implementing the strategic initiative INDUSTRIE 4.0. Final report of the Industrie 4.0 WG, n. April, p. 82, 2013.

HIMMELBLAU, D.M., 1996. Basic Principle and Calculation in Chemical Engineering. Prentice Hall PTR, Upper Saddle River, NJ, United States, 1996.

HM Government 2013. Building Information Modelling Industrial strategy: government and industry in partnership. London, UK. Available at: 〈https://www.gov.uk/government/uploads/system/uploads/〉

IPEA. Diagnóstico dos resíduos sólidos da construção civil. Relatório de Pesquisa, p. 34, 2012. Disponível em: <http://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/relatoriopesquisa/120911_relatorio_construcao_civil.pdf>.

KUCUKVAR, Murat e EGILMEZ, Gokhan e TATARI, Omer. Evaluating environmental impacts of alternative construction waste management approaches using supply-chain-linked life-cycle analysis. Waste Management and Research, v. 32, n. 6, p. 500–508, 2014.

LI, Yashuai e colab. Developing a quantitative construction waste estimation model for building construction projects. Resources, Conservation and Recycling, v. 106, n. January, p. 9–20, 2016. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.resconrec.2015.11.001>.

LIAO, Yongxin e colab. The impact of the fourth industrial revolution: a cross-country/region comparison. Production, v. 28, n. 0, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132018000100401&lng=en&tlng=en>.

LU, Weisheng e colab. Computational Building Information Modelling for construction waste management: Moving from rhetoric to reality. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 68, n. November 2015, p. 587–595, 2017. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.rser.2016.10.029>.

MANOWONG, Ektewan. Investigating factors influencing construction waste management efforts in developing countries: An experience from Thailand. Waste Management and Research, v. 30, n. 1, p. 56–71, 2012.

MARZOUK, Mohamed e AZAB, Shimaa. Environmental and economic impact assessment of construction and demolition waste disposal using system ... Resources, Conservation & Recycling, v. 82, n. January, p. 41–49, 2014. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.resconrec.2013.10.015>.

MHASKE, Monika e DARADE, Milind e KHARE, Pranay. Construction waste minimization. International Research Journal of Engineering and Technology, p. 2395–56, 2017.

MOLNAR, Mike e HOUTMAN, Carrie. The Advanced Manufacturing Partnership and The Advanced Manufacturing National Program Office. National Institute of Standards and Technology, 2011.

PICHTEL, J. Waste management practices: municipal, hazardous, and industrial. Boca Raton: Taylor & Francis. 649 p, 2005.

PRATT, Mj. Extension of ISO 10303, the STEP standard, for the exchange of procedural shape models. IEEE Proc Shape Model Appl 2004:317–26.

RIBEIRO, Joaquim Meireles. O conceito da indústria 4.0 na confeção: análise e implementação. 2017. Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/49413>.

RÜSSMANN, Michael e colab. Industry 4.0. The Boston Consulting Group, p. 20, 2015.

SINDUSCON-MG. Cartilha de gerenciamento de resíduos sólidos para a construção civil. Belo Horizonte. Sinduscon-MG, p. 38p., 2005. Disponível em: <http://scholar.google.com/scholar?hl=en&btnG=Search&q=intitle:Cartilha+de+gerenciamento+de+res?duos+s?lidos+para+a+constru??o+civil#0>.

SOUZA, Fabiana Frigo e colab. Gestão de resíduos sólidos na construção civil: uma análise do relatório GRI de empresas listadas na BM&FBOVESPA. Navus - Revista de Gestão e Tecnologia, v. 5, n. 4, p. 78–95, 2015. Disponível em: <http://navus.sc.senac.br/index.php/navus/article/view/251>.

STOCK, T. e SELIGER, G. Opportunities of Sustainable Manufacturing in Industry 4.0. Procedia CIRP, v. 40, n. Icc, p. 536–541, 2016. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.procir.2016.01.129>.

UNION, European e REGIONAL, European e FUND, Development. Interreg Europe Programme Manual 13 April 2016 Sharing solutions for better regional policies. v. 2016, n. April, p. 1–172, 2016. Disponível em: <http://www.interregeurope.eu/help/glossary/>.

Publicado
29-07-2019
Como Citar
Mateus, V. A. C. B., & de Souza Júnior, A. A. (2019). Gestão de resíduos sólidos na construção civil com base nos conceitos da Indústria 4.0. Revista FAROCIENCIA (ISSN 2359-1846), 8(1). https://doi.org/10.36703/farociencia.v8i1.330
Seção
Engenharia Produção - Pós-Graduação